MÃE DE PRIMEIRA ESCOLA
Certo dia me perguntaram como foi a minha experiência em colocar o meu filho de um ano pela primeira vez na escola. Respondi resumidamente, mas por alguns dias fiquei recordando, e por que não dizer, revivendo os sentimentos que essa experiência me causou...
O primeiro sentimento dessa experiência foi sem dúvida o da DÚVIDA (como perdão do trocadilho rs). Será que eu devo mesmo? Não seria melhor deixar com a vovó ou contratar uma babá (já que eu tinha optado a voltar ao mercado de trabalho)? Venci a dúvida através da CERTEZA de que sim, conviver com outras crianças seria o melhor para o desenvolvimento do meu filho.
Assumi então a CORAGEM de enfrentar o segundo passo: a escolha da escola. Trata-se de uma via sacra, entre Google (“melhor escola de educação infantil da região”), indicações e afins. Até que após cada visita eu me convencia cada vez mais do tipo de escola que eu queria para o meu filho e principalmente do tipo de escola que não queria. Eu diria que é uma questão de “sentir”. Eu senti que era a escolha certa através do meu olhar para a infraestrutura e segurança da escola, da minha concepção de educação (aprender brincando) e principalmente através do meu coração que dizia que ali tratariam meu filho bem, limpariam o narizinho caso estivesse escorrendo, trocariam a fraldinha sem esperar estar tão cheia, alimentariam e cuidariam com um afeto semelhante ao meu. Eis então o sentimento da CONFIANÇA.
A partir de então veio o sentimento que eu chamaria de “mix” pois não se trata de um único, sim de um conjunto, que envolve a CULPA (de deixá-lo longe de mim), o MEDO (dele sofrer sem mim), a INSEGURANÇA (de não cuidarem como eu cuido) e a ANGUSTIA (a dor da separação). Confesso que antes mesmo do famoso “primeiro dia” eu chorei muito, pois previa que seria uma fase difícil mas sobretudo tinha a convicção que seria necessária.
O primeiro dia na escola então chegou. Lembro-me de entregá-lo a tia que recepcionava a entrada na escola. Ele chorou...eu também! Entrei no carro após um rio de recomendações e, apesar do elo de confiança que estabeleci com a escola, apesar de saber que eu estava fazendo o melhor pra ele, eu desabei.
Os dias se passaram e a cada choro no portão superado, a cada respiração de alívio após minha ligação pra saber se ele estava bem, a cada avanço eu me convencia de ter feito a melhor escolha para o meu filho. Estudos comprovam que quanto mais cedo a criança for estimulada melhor ela se desenvolverá. A escola e a educação infantil é, portanto, uma base pra toda a aprendizagem na vida de uma criança.
Hoje, sinto-me realizada com as novidades que meu filho traz ao chagar da escola. A cada foto postada pelo colégio vejo o quanto ele é feliz naquele lugar. Hoje, lembro com um sorriso no rosto e não mais com uma lágrima escorrendo, a frase que eu disse a ele naquele tão temido primeiro dia: “Vai meu filho, voe...voe alto e alcance seu sonhos!”
Texto da mamãe Sara de Souza de Oliveira